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quinta-feira, janeiro 19, 2012


PROPOSTA DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA: AMPLIAÇÃO DA POLIGONAL E IMPLEMENTAÇÃO DO PARQUE MUNICIPAL DUNAS DE ABRANTES, REGIÃO COSTEIRA DA APA JOANES-IPITANGA.  CRIADO EM 1977 (DECRETO MUNICIPAL 116/77).

 ...Não obstante, todas as vantagens competitivas desse novo padrão tipológico encontrados na zona litorânea, o que se está construindo “é um território de enclaves, ou guetos de luxo, ‘devoradores’ de paisagens naturais e culturais, como diria o sociólogo Jost Krippendorf ao se referir aos resorts internacionais” (REPENSAR..., 2007, p. 3). 


O CERBMA/BA – COMITÊ ESTADUAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA


E a Sociedade Civil, aqui representada pelo "Movimento Paranapiacaba" entregaram Documento contendo abaixo-assinado, solicitando das autoridades competentes medidas eficazes visando a proteção e posterior fiscalização do sistema restinga-duno-lagunar entre a foz do rio Joanes e a localidade de Jauá, litoral norte da Bahia.

A proposta (documento contendo abaixo-assinado e pendrive com apresentação em power point) foi protocolada na SEMA pelo secretário executivo do CERBMA/BA, gerando o Processo nº 1420100041769, o qual acompanharemos a tramitação!



AGRADECIMENTOS
Agradecimento especial ao Técnico Ambiental e Ornitólogo Jaelson Castro pela disponibilização de fotos de animais, vegetação e paisagem que embelezam o Blog, inclusive a bela imagem ("capa") do banner. Também pela atenção dispensada ao grupo de pessoas, idealizadoras do 'Movimento Paranapiacaba', que o procurou pelo fato do mesmo, a Bióloga Marianna Pinho e o ambientalista Rafael B. Carneiro, terem realizado pesquisa de identificação e anilhamento das aves daquela região e a importância deste estudo no embasamento da Proposta de criação da UC.

Agradecimentos aos Biólogos Agustin Camacho, Claudio Sampaio, Marco A. de Freitas, Marianna Pinho, Mateus Leite, Francisco Pedro, Leandro dos Anjos, Sidnei S. dos Santos, Christiano Menezes, a Jornalista e Poetisa Gilka Bandeira, ao Técnico Agrícola Eliney Mello, ao Engenheiro Elétrico e Ambientalista Renato Cunha, ao CERBMA - Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e a todos que assinaram o Abaixo-assinado e contribuiram  na construção do "Movimento Paranapiacaba"!

Por fim, agradecemos a todos que postaram comentários apoiando o Movimento e aqueles que ainda irão postar!

Certeza que o Movimento crescerá e a  Proposta será aceita!

Saudações!



OFÍCIO do Secretário Executivo
do COMITÊ, apresentando a Proposta ao SECRETÁRIO do Meio Ambiente do Estado da BAHIA.



LOCALIZAÇÃO

A área onde pretende-se criar uma Unidade de Conservação de Proteção Integral localiza-se no município de Camaçari, Bahia. Está inserida na porção litorânea da APA Joanes-Ipitanga, entre a foz do rio Joanes e a localidade de Jauá, abrangendo o condomínio Busca Vida, com “suas” dunas altas e baixas, a Fonte dos Padres,  área comum do condomínio BuscaVida, com 28 hectares, esta inserida na sua totalidade na ZVS – Zona de Vida Silvestre da APA Joanes - Ipitanga, e conforme parecer de Orientação Prévia – SEMA Ba OP 36/2010, em função de seus atributos naturais esta qualificada como Área de Proteção Permanente – APP que se caracteriza como área privada restritiva do ponto de vista de intervenções e recomendação para transformação em RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural com objetivo de conservar a diversidade biológica,  lagoas, o Parque Municipal Dunas de Abrantes (700 hectares, Decreto Municipal nº 116 de 01/03/77) e a RPPN das Dunas (78 hectares, Portaria IBAMA Nº 17 de 04 de março de 2004). 
A área  limita-se ao sul pelo rio Joanes, a oeste pela Rodovia BA 099 (Estrada do Coco), a leste pela via interna do Condomínio Busca Vida e ao norte pela Estrada Via Parque (Jauá).

Observa-se que boa parte da área proposta sobrepõe a Zona de Vida Silvestre da APA, que compreende as áreas protegidas pela legislação ambiental vigente como as lagoas, áreas úmidas, ainda que intermitentes, e as dunas situadas na zona costeira do município de Camaçari.
São necessários mais estudos para definição da poligonal desta unidade de conservação, considerando que a Proposta atual ainda é preliminar, baseada em observações de imagens de satélite e visitas a área.
Coordenadas UTM 577000, 583000 W e 8576000, 8583000 N. Com a provável ampliação dos limites, a área onde se pretende criar a Unidade de Conservação aproxima-se a 1.200 hectares.



A FAZENDA JACAREQUARA (RPPN DAS DUNAS) TEM NOVO PROPRIETÁRIO.

O que isso significa? Mais uma importante parceria na Conservação do Sistema Restinga-Duno-Lagunar Busca Vida - Abrantes!

A  Portaria 40 - DOU 86 - 07/05/2010 - seção/pg. 1/80, transfere a Titularidade da RPPN das Dunas para a empresa COSTABRAVA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.  http://sistemas.icmbio.gov.br/simrppn/publico/detalhe/496/

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE PORTARIA No - 40, DE 5 DE MAIO DE 2010(*) O PRESIDENTE DO INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - INSTITUTO CHICO MENDES, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 19, inciso IV, do Anexo I, da Estrutura Regimental, aprovada pelo Decreto 6.100, de 26 de abril de 2007, publicado no Diário Oficial da União do dia subsequente; Considerando o disposto no art. 21 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, e o Decreto nº 5.746, de 05 de abril de 2006, que regulamenta a categoria de unidade de conservação de uso sustentável, Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN e; Considerando as proposições apresentadas no Processo Ibama nº 02006.001679/98-06, resolve: Art. 1º Transferir para a empresa Costabrava Empreendimentos a titularidade da Reserva Particular do Patrimônio Natural denominada "RPPN das Dunas", criada através da Portaria nº 17, de 04 de março de 2004, registrada na matrícula nº 5.297 - R 05, no Registro Geral da comarca de Salvador/BA. Art. 2º A RPPN será administrada pela proprietária do imóvel, ou representante legal, que será responsável pelo cumprimento das exigencias contidas na Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 e no Decreto nº 5.746, de 05 de abril de 2006. Art. 3º As condutas e atividades lesivas à área reconhecida como RPPN criada sujeitarão os infratores às sanções cabíveis previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
RÔMULO JOSÉ FERNANDES BARRETO MELLO (*) Republicada por ter saído, no DOU no 85, de 6-5-2010, Seção 1, pág. 88, com incorreção no original.

                                Foto: CONDER                                                          RPPN das Dunas
Belo maciço dunar! RPPN das Dunas.



O outdoor acima indica ser a JML Empreendimentos e Participações Ltda  proprietária de 155 lotes na área do corredor ecológico Busca vida - Abrantes. Esperamos seja mais uma parceira do Movimento Paranapiacaba, assim como a Costabrava Empreendimentos Imobiliários Ltda e a Oi/Telemar, por também serem proprietárias de terrenos na área do corredor!

COMENTÁRIO
Oportuna e feliz iniciativa! Além de proteger a rica e ameaçada fauna e flora local, a criação de uma unidade de conservação na região irá assegurar a manutenção da qualidade de vida de um grande número de cidadãos. Lembro que a lista da fauna apresentada é apenas uma pequena parcela da riqueza que temos o dever de proteger, espécies únicas e ameaçadas como o calanguinho do Abaeté (Cnemidophorus abaetensis). Só depende de nós! Parabéns e muito obrigado a todos pelo trabalho árduo e silencioso desenvolvido em prol da conservação, certamente as futuras gerações irão, também, agradecer!
Abraços e contem comigo,

Prof. Dr. Cláudio Sampaio
Universidade Federal de Alagoas

Mapa do Zoneamento da região costeira da APA Joanes- Ipitanga (parcial).

Necessário rever a ZOC III a nordeste! Em plena ZVS!!??


COMENTÁRIO
Pois é, parabéns pela iniciativa, vivi boa parte da minha vida nesta região (mais de 30 anos), entre Lauro de Freitas, Camaçarí e Mata de São João, e como geógrafo e zoólogo fico feliz com a iniciativa que acredito, na atual postura política tanto estadual, quanto municipal, teremos sucesso na empreitada... confesso que quando morava por aí até o ano passado, me sentia impotente em fazer algo, uma vez que lutei por anos a fio por esta região intitulada "Litoral Norte"... para isto, basta rever as lutas que empreendi na mídia e até ganhei meu apelido atual de Marco Sapiranga... é isso, vida longa aos ecossistemas costeiros do litoral norte da Bahia!!!

MSc. Marco Antonio de Freitas
Geógrafo Licenciado e Bacharel, Especialista em Gestão Ambiental e Mestre em Zoologia.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1369549216123587



Foi constituída Comissão Interinstitucional para levantamento das irregularidades! Em que resultou?




LEGISLAÇÃO

Diversas leis podem ser citadas para subsidiar a proteção dos ambientes naturais da região. 

A Lei Federal Nº 4771/65 que estabelece o Código Florestal Brasileiro, define as dunas e a vegetação fixadora destas como Áreas de Preservação Permanente (APP). As lagoas e áreas úmidas constituem APP que servem para a dessedentação da fauna.

A Lei da Mata Atlântica (Lei Nº 11.428/2006) dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e considera integrantes do Bioma Mata Atlântica, entre diversas formações florestais nativas e ecossistemas associados, as vegetações de restingas. Esta Lei restringe a supressão dos ecossistemas para implantação de empreendimentos, exceto para aqueles de utilidade pública e interesse social.

A Lei Estadual Nº 10.431/2006 que dispõe sobre a Política de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade do Estado da Bahia, define as dunas e restingas como áreas de preservação permanente, sendo que a sua ocupação parcial depende de estudos específicos a serem aprovados por órgão competente.

A Lei Municipal Nº 866/2008 que dispõe sobre o Plano Diretor de De­senvolvimento Urbano do Município de Camaçari indica a área como Monumento Natural Dunas de Abrantes, ao mesmo tempo em que reconhece a existência do Parque Municipal Dunas de Abrantes. No Zoneamento a área é definida como Zona de Proteção e Interesse Paisagístico (ZPIP).

De acordo com esta Lei, a A Zona de Proteção e Interesse Paisagístico (ZPIP): “com­preende as áreas de alta fragilidade dos ecossistemas, com baixo com­prometimento, com potencial paisagístico e ambiental a ser preservado ou recomposto do ponto de vista da fauna e da flora, definidas como zonas de preservação integral”.

No Art. 46. São definidas para a Zona de Proteção e Interesse Paisagístico (ZPIP) as seguintes diretrizes:

I. proibição de licenciamento de empreendimentos de uso residencial, comercial e industrial;

II. incentivo à implantação de parques públicos voltados para atividades de conservação e preservação com caráter social, incluindo atividades educativas como pesca, plantio e visitação dirigida;

III. proibição de edificações de caráter permanente em geral e, quando provisórias, aquelas que obstruam os cones de abertura de visuais;

IV. manutenção e/ou reposição de vegetação nativa;

V. proibição da privatização de praias, lagoas e rios e do blo­queio de vias e acessos;

VI. proibição de licenciamento de engenhos publicitários na faixa de entre o mar e a Estrada do Coco, inclusive em ambas as margens da rodovia, excetuando-se placas de sinalização e placas educativas;

VII. implementação dos projetos.

A Lei Complementar Nº. 913/2008 que estabelece o Código Urbanístico e Ambiental do Município de Camaçari, não indica parâmetros de uso e ocupação para a ZPIP, pois esta zona permite apenas usos voltados para turismo ecológico controlado, visitação e pesquisa.

O Decreto Municipal Nº 116 de 01.03.77 cria o Parque Municipal Dunas de Abrantes com 700 hectares. No entanto a Lei Municipal Nº 866/2008 propõe a criação do Monumento Natural Dunas de Abrantes, ao mesmo tempo em que reconhece a existência do Parque Municipal. Desta forma, torna-se necessário consultar a Prefeitura Municipal para melhor entendimento quanto ao projeto do Monumento Natural e solicitar a efetiva implantação do Parque Municipal.

Caso a área proposta para criação da UC não esteja inserida no Parque Municipal, poderia se propor a ampliação do mesmo ao invés da criação de uma nova UC.

Além do Monumento Natural, a Lei Municipal Nº 866/2008 propõe a criação do Corredor Ecológico da Orla, envolvendo dunas, estuários, manguezais e lagoas, composto por áreas de uso e de preservação, visando conectar unidades de conservação municipais e estaduais.

A Resolução CEPRAM Nº 2.974/2002 que aprova o Zoneamento Ecológico-Econômico da APA Joanes-Ipitanga, em seu art. 7º:

“Nos empreendimentos em que a área da propriedade contém vegetação de preservação permanente, Zona de Proteção Rigorosa - ZPR ou Zona de Vida Silvestre - ZVS, estas frações não serão parceladas ou desmembradas, devendo obrigatoriamente ser de domínio condominial, destinadas à conservação ambiental, podendo ser transformadas em Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN, de acordo com a legislação vigente”.

“A ZVS compreende as áreas protegidas pela legislação ambiental vigente como as lagoas, áreas úmidas, ainda que intermitentes, e as dunas situadas na zona costeira do município de Camaçari.

Ocorrem, pontualmente, ocupações desordenadas que estão em desconformidade ao que estabelece a Constituição Estadual, Artigo 215, considerando essas áreas como de preservação permanente.

Nesta área não são permitidos novos parcelamentos e a ocupação do solo. São permitidas visitações para fins de educação ambiental, turismo ecológico e pesquisa científica, observando-se o Artigo 3o desta Resolução. Atividades de recuperação de áreas degradadas poderão ser realizadas mediante a consulta prévia ao órgão gestor da APA. Proibido o tráfego de veículos automotores fora dos acessos viários locais pré-estabelecidos, exceto no caso de serviços de manutenção, fiscalização e emergências”.

A Lei Federal nº 9.985 de 18 de julho de 2000 - institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC. Este Sistema apresenta diversas categorias de áreas protegidas, que possibilitam a conservação de ambientes nas mais diversas situações. Dentro deste contexto, acredita-se que o Refúgio de Vida Silvestre - REVIS seja o mais adequado para a área em questão.

O Decreto Federal nº 4340 de 22 de agosto de 2002 - Regulamenta artigos da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, e dá outras providências. 

Decreto Estadual nº 11.235 de 10 de outubro de 2008 - Aprova o Regulamento da Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006, que institui a Política de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade do Estado da Bahia.


Um Pouco Mais Sobre a Região...

O primeiro loteamento aprovado pela Prefeitura Municipal de Camaçari, na orla marítima, foi como se viu o Condomínio Busca Vida. Sua área territorial, em 1958, era de 784,34 ha. Ele localiza-se no Distrito de Abrantes, limítrofe ao Parque Municipal das Dunas de Abrantes (Mapa 12), em condições especiais de desmembramento de glebas, com tamanho médio de 80.000 m² e lote mínimo de 10.000 m². Esse condomínio forma, até os dias de hoje, uma extensa área contínua preservada, de baixa ocupação urbana.

...o artigo 23 da Lei Municipal 052/76 diz que a Prefeitura não aprovará
loteamentos para  áreas consideradas impróprias para a edificação, insalubres para a habitação, prejudiciais às reservas naturais e aos mananciais hídricos do Município.

Entretanto, o que se percebe é que isto não é suficiente para resguardar o patrimônio natural, pois a corrida imobiliária, com a grande especulação existente, transforma áreas de grande fragilidade ambiental em paraísos de grandes empreendimentos.

Não obstante, todas as vantagens competitivas desse novo padrão tipológico encontrados na zona litorânea, o que se está construindo “é um território de enclaves, ou guetos de luxo, ‘devoradores’ de paisagens naturais e culturais, como diria o sociólogo Jost Krippendorf ao se referir aos resorts internacionais” (REPENSAR..., 2007, p. 3). 
 
Vilas de Abrantes

É um dos sítios mais antigos do Brasil e foi fundada pelos padres jesuítas, nos primeiros anos do descobrimento destas terras pelos portugueses em 1558, fazendo parte, portanto, da memória nacional e deve ser preservada como tal. 

As primeiras referências históricas desta região remontam ao ano de 1558, quando Tomé de Souza manda erguer uma igreja e funda a Aldeia do Espírito Santo, “[...] distante sete ou oito léguas da Cidade, onde chamam Rio Joanne, perto da costa do mar [...]”, hoje Vila de Abrantes. 

A Aldeia do Espírito Santo, segundo o historiador Cid Teixeira, já no meio da década de setenta no século XVI, a Vila de Abrantes estava entre os pontos de apoio mais importantes de que dispunham os jesuítas (CAMAÇARI, 1985a). 

Atualmente, a localidade de Vila de Abrantes está inserida no Parque Municipal das Dunas de Abrantes (Mapa 12), dentro da Área de Proteção Ambiental Joanes/Ipitanga, que tem como finalidade preservar uma das paisagens mais importantes do Litoral Norte da Bahia, incluindo o Bioma Mata Atlântica e sua biodiversidade, dunas, lagoas e vegetação de restinga. 

Entretanto, existem diversas construções irregulares, desmatamento da vegetação nativa, construções sobre as dunas ou no seu entorno, aterramento de lagoas e nascentes, além de implantação de fossas sépticas improvisadas que contaminam o lençol freático e comprometem a salubridade da água doce e potável da região.

Outra situação insustentável é a proliferação de loteamentos clandestinos e invasões dentro dos limites do Parque Municipal das Dunas de Abrantes.

A Vila de Abrantes configura-se como um Cenário de Patrimônio Histórico Nacional a ser preservado, ou seja, um Sítio Arqueológico Histórico Ambiental.
                                    

PUBLICAÇÕES/SITES INTERESSANTES!


COMENTÁRIO

Parabéns pela importante e grandiosa iniciativa de conservação, uma premente necessidade da região. O laborioso registro de parte da riqueza biológica da área é um bom testemunho de sua importância.
Estou certo que o aceite da proposta pelo poder público vai deixar um grande legado para as futuras gerações, que certamente reconhecerá a iniciativa como um dos grandes feitos conservacionistas no litoral norte da Bahia.


Sidnei Sampaio dos Santos
Biólogo
Programa de Estudo e Conservação do Olho-de-fogo-rendado - ABCRN



FAUNA  ( As fotos foram feitas na área)

Celeus flavescens (pica-pau-velho)
O ambiente é rico pela biodiversidade, belo em suas formas, texturas e cores e relativamente bem conservado, apresentando centenas de espécies animais e vegetais. Estudo realizado por PINHO e CASTRO (2000) comprova a importância ecológica da área, quando identificam mais de 130 espécies de aves que necessitam do ambiente para cumprirem seus ciclos vitais. Dentre as espécies estudadas, foi identificado o Pyrocephalus rubinus, conhecido como verão ou príncipe, espécie migratória proveniente do sul do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Registrada a presença do pintassilgo-do-nordeste (Sporogra yarelli), ave considerada vulnerável, e a aracuã (Ortalis guttata), que sofre pela perda de habitat e caça. Dentro do condomínio Busca Vida, uma pequena população está relativamente protegida.

Na região encontram-se ainda mamíferos como o mão-pelada (Procyon cancrivorus), preá (Cavia aperea), sagüi (Callithrix jaccus), raposa (Cerdocyon thous), tapeti (Sylvilagus brasiliensis), sariguê ( Didelphis albiventris), tamanduá-mirim (Tamandua tetradctyla) e ouriço-preto (Chaetomys subspinosus), este último ameaçado de extinção!

Répteis identificados: teiú (Tupinambis merianae), iguana (Iguana iguana), calango-verde (Ameiva ameiva), calanguinho (Cnemidophorus ocellifer), lagartixa (Tropidurus hispidus) e  o calaguinho-de-abaeté (Cnemidophorus abaetensis),  listado como endêmico e ameaçado de extinção.

Diversas espécies de serpentes, como jibóia (Boa constrictor), sucuri (Eunectes murinus), cobra-preta-e-branca (Pseudoboa nigra), falsa-coral (Oxyrhopus trigeminus), cobra-espada (Chironius flavolineatus), cobra-cipó (Oxybelis aeneus), cobra-verde (Philodryas olfersii) cainana (Spilotes pullatus), cobra-dágua (Helicops leopardinus), jararaca (Bothrops leucurus), cascavel (Crotalus durissus), coral-verdadeira (Micrurus ibiboboca). Estes animais desempenham importante papel, controlando populações de roedores, e “prestando outros serviços ambientais”, mantendo o ambiente saudável.

Existe um corredor ecológico entre Busca Vida e a Estrada Parque, constantemente ameaçado pelo intenso processo de ocupação. Trata-se de um refúgio para a fauna silvestre, moradia, alimentação e reprodução de pouso para migrantes. A ocupação imobiliária sem critérios, como ocorreu em Jauá e outras áreas do litoral norte, certamente causará a fragmentação comprometendo a segurança dos animais, e de resto, todo o ambiente.

É fundamental a conservação de áreas estratégicas para a fauna, incluindo os anfíbios, que são animais sensíveis á mudanças climáticas e antrópicas, como a mudança na estrutura física de seu habitat.  Segundo os dados do Global Amphibian Assessment, a rã-manteiga Dermatonotus muelleri é nativa da América do Sul, no entanto não está citado para a costa brasileira, sendo sua principal ameaça a perda de habitat devido à extração de madeira e poluição da água e da terra por agrotóxicos (HERRERA et al, 2007). Esta espécie foi identificada no Condomínio Busca Vida.

É preciso destacar a presença das tartarugas-marinhas, que são répteis pulmonados, habitando os oceanos tropicais e subtropicais do planeta. Elas surgiram há cerca de 150 milhões de anos e resistiram às drásticas mudanças ocorridas na Terra desde então. Elas assistiram ao aparecimento e à extinção de diversos animais como, por exemplo, os dinossauros. Na praia de Busca Vida, houve temporada de desova, onde foram registrados, pelo TAMAR, 400 ninhos!!
Revista TECBAHIA - 2000

 Pesquisa Básica - Captura, Medição, Anilhamento e Soltura!
  Ardea alba (garça-branca-grande) 
Foi muito caçada para a retirada de egretas - penas especiais que se formam no período reprodutivo para a indústria de chapéus para mulheres (WIKIAVES).
  Ardea alba (garça-branca-grande) 
  Cyclarhis gujanensis (pitiguari ou  gente-de-fora-vem) caiu na rede e não é peixe!
Entre julho e novembro (período reprodutivo), cantam intensamente o melodioso chamado flautado, entendido como os nomes comuns dado à espécie. O bico é todo acinzentado com leve tom róseo, de aspecto poderoso e terminando com uma ponta fina, virada para baixo, parece um bico de uma ave de rapina em um pássaro. (WIKIAVES)
  Fluvicola nengeta (lavadeira)
A Mata Atlântica, que aparentemente representava uma barreira natural para esta espécie, foi perdendo espaço para pastagens e culturas que se assemelham mais ao semi-árido do que à Floresta Ombrófila, possibilitando assim a expansão desta espécie. (WIKIAVES)
  Ninho de urubu – Coragyps atratus, na restinga arbustiva fechada.
Dentre os urubus, é o de menor envergadura. Apesar de seu tamanho, é o mais agressivo dos urubus menores, disputando avidamente uma carcaça com as outras espécies. Não possui o olfato apurado do gênero Cathartes, localizando a carniça pela visão direta ou observando os outros urubus pousando para comer. O urubu-de-cabeça-preta, possui de comprimento 62 cm e de envergadura cerca de 143 cm com peso de 1,6 kg. (WIKIAVES)
  Thamnophilus ambiguus (choca-de-sooretama) macho
Mede 15 cm de comprimento. Recentemente separada da espécie choca-bate-cabo, pode ser sintópica com a choca-da-mata, da qual difere pela plumagem mais clara. (WIKIAVES)
  Thamnophilus ambiguus (choca-de-sooretama) fêmea
Mede 15 cm de comprimento. Recentemente separada da espécie choca-bate-cabo, pode ser sintópica com a choca-da-mata, da qual difere pela plumagem mais clara


(WIKIAVES)
  Mimus saturninus (sabiá-do-campo)
São onívoros, alimenta-se principalmente de invertebrados e frutos.  As sementes não são digeridas, e atravessam intactas o tubo digestivo. A ave atua, assim, como dispersora das sementes dos frutos que ingere. É um dos melhores imitadores de outras aves na natureza. Alguns indivíduos repetem o canto de até 6 espécies diferentes. (WIKIAVES)
  Ninho de Chlorostilbon lucidus (beija-flor-besourinho-de-bico-vermelho.
A parte externa das paredes do ninho são ornamentadas com líquens, fragmentos de folhas e ramos, que às vezes se prolongam pela parte inferior do ninho, tornando-o camuflado com o ambiente. (WIKIAVES)
  Dacnis cayana (sai-azul) fêmea
A construção do ninho é tarefa da fêmea, que é protegida pelo macho contra intrusos. Os 2 ou 3 ovos são esbranquiçados ou branco-esverdeados com manchas cinza-claras e são incubados pela fêmea. Durante este período ela é, às vezes, alimentada pelo macho. Os filhotes são alimentados pelo casal e permanecem no ninho cerca de 13 dias. Costuma ter de 2 a 4 ninhadas por temporada. (WIKIAVES)
  Vanellus chilensis (quero-quero).
Mede 37 cm, peso 277 g. Possui um esporão pontudo, ósseo, com 1 cm de comprimento no encontro das asas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o vôo. Macho e fêmea são semelhantes. Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após o descascamento do ovo. (WIKIAVES)
  Casal de Arrundinicola leucocephala (freirinha).
 A postura consta de 2 a 4 ovos de cor branco-amarelada com pequenas pintas vermelhas. Os filhotes nascem cobertos por uma longa plumagem amarelo-claro, imitando uma lagarta tóxica. Essa espécie vive exclusivamente perto da água, diferindo da F. nengeta que também pode ocorrer e nidificar longe da água. (WIKIAVES)
  Chloroceryle americana (martim-pescador-pequeno) fêmea.
O casal constrói o ninho geralmente num barranco de rio, acima do nível da água. Escavam um túnel com cerca de 80 cm, podendo ou não camuflar a entrada do mesmo. Põe geralmente 3 a 5 ovos brancos, que medem em torno de 24 x 19 mm, no fundo do túnel. A incubação noturna cabe à fêmea, mas durante o dia ela se reveza com o macho. Como é regra na família, o período de incubação é de 19 a 21 dias e os pais cuidam dos filhotes. (WIKIAVES)
  Colaptes melanochloros (pica-pau-verde-barrado).
Para demarcar território, advertindo rivais, e como meio de comunicação entre machos e fêmeas, executam tamborilações. Essas consistem em bater com o bico em paus secos, cascas salientes, troncos ocos e até em chapas de aço, simplesmente para produzir rumor. (WIKIAVES)
Cnemotriccus fuscatus (guaracavuçu)
Nystallus maculatus (joão-bobo) O nome se refere à sua “mansidão”, pois é capaz de ficar imóvel no meio da vegetação, observando tudo que se passa ao seu redor. Como o seu colorido e a sua forma lhe fornecem uma perfeita camuflagem, passa muitas vezes despercebido. (WIKIAVES)
 
Buteo nitidus (gavião-pedrês).
Mede cerca de 43 cm de comprimento, pesando de 378 a 660 gramas. Tem uma envergadura de asas de até 98 cm. Alimenta-se aves, répteis e insetos. É rápido e ágil podendo perseguir suas presas por manobras entre as árvores. (WIKIAVES)
                                                                     Falco femorallis (falcão-de-coleira) 
  Gampsonyx swainsonii (gaviãozinho).
Considerado o menor gavião do Brasil, mede cerca de 22 cm e pesa 115 gr. O nome científico gampsos = curvadas; onyx = garras e swainsoni = homenagem ao naturalista inglês Willian Swainsoni.
  Athene cunicularia (coruja-buraqueira)
Fazem seus ninhos em cupinzeiros, buracos de tatu e buracos na areia, em regiões litoraneas, costumando cavar túneis de até 2 m e forrar o fundo com capim seco. O casal se reveza, alarga o buraco, cava uma galeria horizontal usando os pés e o bico e por fim forra a cavidade do ninho. Os buracos possuem em torno de 1,5 a 3 m de profundidade e 30 a 90 cm de largura. Ao redor acumula estrume e se alimenta dos insetos atraídos pelo cheiro. Botam, em média de 6 a 11 ovos; o número mais comum é de 7 a 9 ovos. Tem o campo visual limitado, mas essa deficiência é superada pela capacidade de girar a cabeça até 270 graus, o que ajuda na focalização.
  Icterus jamacaii (sofrê)
Utiliza uma interessante técnica para conseguir comida: insere seu bico fino numa fruta, folhas enroladas ou madeira podre, por exemplo, e abre as mandíbulas, fazendo assim uma cavidade para espiar e pegar o alimento escondido.  As vezes constrói seu próprio ninho, mas costuma ocupar ninho alheio para procriar (ex.: bem-te-vi, casaca-de-couro, joão-de-barro, joão-de-pau e xexéu), enxotando os donos e jogando seus filhotes ao chão, mas não é totalmente parasita, pois choca e cria sua própria prole. (WIKIAVES)
Seu canto é deveras melodioso...mavioso!
  Emberizoides herbicola (canário-do-campo)
O canário-do-campo tem 20 centímetros e pesa 30 gramas, tem uma longa cauda graduada, que eqüivale a mais da metade do seu corpo. A longa cauda (cerca de metade do comprimento total da ave) é capaz de identificá-lo à distância. No período de reprodução, vive estritamente aos casais sendo extremamente fiéis a um território, que o macho defende energicamente contra a aproximação de outros machos da espécie.
  Leptotila verreauxi (juriti-pupu)
Tem 29 centímetros e pesa entre 160 e 215 gramas. Leptotila do grego leptos = esbelto, delgado, fino, magro + ptilon = plumagem (ref. formato das remiges primárias esternas do gênero); verreauxi homenagem aos naturalistas e colecionadores franceses Edouard Verreaux (1810-1868) e Jules Pierre Verreaux (1808-1873). Muito arisca, logo voa e se esconde, sendo que na maioria das vezes notamos sua presença pelo canto característico que é melancólico e repetitivo: “pu… puuu”, de onde seu outro nome juriti-pupu.
  Pyrocephalus rubinus (príncipe)Visitante/migrante
Pyros é fogo em grego, e cephalus é cabeça (latim); rubinus, deriva de rubi, a pedra preciosa vermelha. O nome significa “cabeça de fogo rubi”, intimamente relacionado a coloração vermelha da espécie. O nome verão é dado no sul do Brasil, indicando a chegada o período em que o tempo esquenta, após o inverno. São aves migratórias. No inverno, vão da região sul e sudeste do Brasil para a Amazônia e retornam na primavera-verão. São normalmente encontrados aos pares.
Jacana jacana (jaçanã) A fêmea, porte maior, exibe comportamento poliândrico e reversão sexual, na qual torna-se o sexo dominante e defende haréns com três  a quatro machos, os quais  assumem todo o cuidado parental.  (Osborne e Bourne 1977)
  Todirostrum cinereum (sebinho-relógio)
O ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum) recebe este nome vulgar devido ao seu canto que lembra o ato de dar corda em um relógio.   Constrói um característico ninho pendurado na ponta de galho fino, feito de restos de folhas e painas. O material é colocado úmido e as partes aderem entre si, ao secar. Parte do material fica pendente, camuflando o ninho. Surpreende a resistência do ninho, agüentando chuvas fortes e ventos. (WIKIAVES)
 Dryocopus lineatus (pica-pau-banda-branca) fêmea.
Sua alimentação é principalmente a base de insetos, especialmente brocas da madeira. Para encontrar a galeria vai dando batidas curtas na madeira até delimitar o final do túnel escavado pela larva. Nesse ponto, começa a dar fortes pancadas inclinadas, retirando lascas grandes da madeira até chegar ao canal. Retira a larva usando a longa língua, pegajosa e com cerdas na ponta, parecendo uma flecha. Procura formigas ( Azteca sp. ), seus ovos e pupas, perfurando galhos de embaúba ( Cecropia sp. ).
  Chrysolampis mosquitus (beija-flor-vermelho) migrante.
Mede cerca de 9,2 cm de comprimento. O macho tem a cabeça e a nuca vermelho-metálicas, garganta e peito laranja-metálicas, barriga pardo-olivácea e a fêmea é bronze-esverdeada acima e branco-acinzentada nas partes inferiores. É incomum. Habita florestas ralas, campos com árvores, bordas de florestas de galeria, cerrados e caatingas. Vive normalmente solitário, visitando flores a várias alturas. Migra em algumas épocas do ano.
Aratinga auricapillus (jandaia-de-testa-vermelha), quase ameaçada de extinção! Da mesma dos papagaios e araras, utiliza os ocos de ávores para reproduzir. Colocam de dois a quatro ovos e todos os membros do grupo ajudam a criar os filhotes. Infelizmente é uma espécie muito procurada pelos traficantes de animais silvestres. Quase ameaçada de extinção!
Aratinga aurea (periquito-estrela)
Veniliornis passerinus (picapauzinho)
Mede 15 cm. Menor representante do gênero. Muito ariscos, movimentam-se rapidamente pelas copas ao perceberem qualquer movimento estranho. Como os outros pica-paus, escondem-se atrás dos troncos quando percebem uma pessoa, tornando a observação dos detalhes ainda mais difícil. (WIKIAVES)
Pseudoseisura cristata (casaca-de-couro) caiu o ninho!
Columbina squammata (rolinha-fogopagou)
O nome fogo-apagou é sem dúvida a melhor tradução escrita para o canto desta ave, um dos sons mais típicos da “roça”. Conhecido também como rola-cascavel (devido ao barulho emitido com as asas, que lembra um chocalho), rolinha-carijó, fogo-pagô (onomatopéico), rola-pedrês, felix-cafofo (PB) e paruru. Como citado anteriormente, esta espécie apresenta muitas características morfológicas e comportamentais que lhe renderam nomes-populares bastante fortes. Além destes, devido ao padrão de “escamas” apresentados pelas penas desta espécie, a denominação squamata faz uma ligação direta com répteis, já que Squamata é o nome da Sub-ordem das cobras e lagartos.
Hylophilus amaurocephalus (vite-vite-olho-cinza)
Calidris alba (maçarico-branco) jovem anilhado em New Jersey, EUA (39°15'N ; 75°15'W), em 09/06/2005. Encontrado na praia Busca Vida, Camaçari, BA; em 14/04/2006; viva em liberdade.
Crotophaga ani (anu-preto)
São essencialmente carnívoros, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes etc. Predam também lagartas peludas e urticantes, lagartixas e camudongos. Pescam na água rasa, periodicamente comem frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca quando há escassez de artrópodes. Alimentam-se sobretudo de ortópteros (gafanhotos) que apanham acompanhando o gado. Quando não há gado no pasto executam, às vezes, caçadas coletivas no campo, o bando espalha-se no chão, em um semicírculo, ficando afastados uns dos outros por dois ou três metros. Permanecemos assim imóveis e atentos e quando aparece um inseto, a ave mais próxima salta e o apanha. De tempos em tempos o bando avança. (WIKIAVES)
Formicivora grisea (papa-formiga-pardo) macho
Furnarius rufus (joão-de-barro) em plena atividade!
Phaeomyias murina (bagageiro)
Picumnus pygmaeus (pica-pau-anão-pintado) fêmea
Polioptila plumbea (balança-rabo-de-chapéu-preto) macho
Columbina picui (rolinha-picuí)
Hemitriccus margaritaceiventer (sebinho-olho-de-ouro)
Athene cunicularia (coruja-buraqueira)
Tangara cayana (saíra-amarela)
Thlypopsis sordida (sai-canário) macho
Ortalis guttata (aracuã)
Mimus gilvus (sabiá-da-praia)
Turdus leucomelas (sabiá-barranco)
É o sabiá mais comum do interior do Brasil, especialmente em regiões de cerrado. Alimenta-se, basicamente de minhocas e artrópodes. Assim como outros sabiás revira as folhas caídas em busca de pequenos invertebrados e também se alimenta de pequenos frutos. Sua voz é múltipla, com um canto contínuo, mavioso, menos forte do que o de Turdus rufiventris, composto de motivos relativamente simples, uma a duas vezes repetidos, emite vocalizações de alerta, especialmente ao entardecer quando disputam os melhores poleiros para passar a noite. (WIKIAVES)
Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira) Num "golpe magistral" se tornou a Ave Símbolo Nacional! Pode?
Schystoclamis ruficapilus (bico-de-veludo)

Sicalis flaveola (canário-da-terra) macho.



LIBÉLULAS 
(Todas as fotos foram feitas na área)
   Predadora voraz em seu ambiente, a libélula é capaz de comer 14% de seu peso se alimentando apenas de outros insetos voadores __ abelhas, moscas, besouros, vespas, outras libélulas menores, pernilongos e até o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue! As espécies abaixo, indicam um ambiente com excelente qualidade ambiental! 

Anisoptera, Libellulidae, Zenithoptera

Anisoptera, Libellulidae, Diastatops sp


MARIPOSAS E BORBOLETAS
(Fotos feitas na árae)
Aellopos titan (mariposa-beija-flor)
Philaethria dido
Eueides isabella
 
Heliconius heratus phylis (borboleta-rubro-negra)
Colobura dirce (borboleta-zebra)



FAUNA "ANDANTE", "RASTEJANTE" E "NADANTE"!
(Fotos feitas na área, exceto quatro.)
Iguana iguana (iguana)
Iguana iguana (iguana)
Tropidurus hispidus predando um  Xilocopa frontalis
Ameiva ameiva (calango)
Ameiva ameiva filhote (calanguinho)

FOTO: Agustín Camacho
 Cnemidophorus occelifer

FOTO: Agustín Camacho
Cnemidophorus abaetensis

FOTO: Agustín Camacho
Bogertia lutzae (lagarto-das-bromélias)

Kentropyx calcarata (calanguinho-do-brejo)
Tropidurus hygomi
"O fato de ser generalista em muitos aspectos da sua biologia, não deixa  T.  hygomi livre da ameaça de extinção por ser uma espécie de lagarto exclusiva de restingas. Tropidurus hygomi ocorre em sintopia e com a mesma distribuição geográfica de outro lagarto, Cnemidophorus abaetensis (Rodrigues, 1987; Dias et al., 2002) que está classificado como espécie vulnerável na Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do IBAMA (Ministério do Meio Ambiente e Fundação Biodiversitas, 2008). As razões para a inclusão de C. abaetensis na lista são exatamente por conta do processo de degradação acelerado do seu habitat (Rocha et al., 2008). Nós acreditamos que T. hygomi esteja sob a mesma pressão de perda de habitat e não aparece como espécie ameaçada, provavelmente devido à falta de estudos sobre sua biologia e ecologia."

FOTO: Agustín Camacho
Tropidurus hygomi

Boa constrictor (jiboia)

Tamandua tetradactyla (tamanduá-mirim)
Sylvilagus brasiliensis (coelho-tapeti)
  Chaetomys subspinosus (ouriço)
 Acuado por cães, salvo, e posteriormente devolvido à mata! Consta na lista de animais ameaçados de extinção!
 
  Callithrix jacchus (mico) - Se tornando uma praga!
Spilotes pullatus (cainãna)
Pseudoboa nigra (boiuna)

Chironius exoletus (cobra-espada)


                                              Hoplerithritrinus uniteniatus (jeju)
Astyanax bimaculatus (piabinhas)
Metynis maculatus (Kner, 1858), o famoso "pacu"
Rivulus baianus
Dermatonotus muelleri (rã-manteiga)
    


Espécies Ameaçadas!
(Fotos feitas na área, exceto o Sporagra yarrellii )


Cnemidophorus abaetensis (calanguinho-de-abaeté) Espécie descrita  recentemente, em 2002, pelos biólogos Eduardo Dias, Frederico Rocha e Davor Vrcibradic, das Universidades Federais do Rio de Janeiro e Sergipe. Listada no Livro Vermelho do MMA como ameaçada de extinção.
Aratinga auricapillus, a IUCN considera essa espécie "Quase Ameaçada de Extinção"

 
                                                                 FOTO: CIRO ALBANO
Sporagra yarrellii (pintassilgo-do-nordeste)
Vulnerável – VU (IUCN, 2008) e Ameaçada de Extinção (MMA, 2003).


Chaetomys subspinosus, roedor endêmico da Mata Atlântica Ameaçado de Extinção!


Inventário de Anfíbios / Setembro de 2004 - MSc. Marco Antonio de Freitas CREA-BA 64527
Família
Nome Científico
Nome Vulgar
Tipo de Registro
BUFONIDAE

Rhinella jimii

sapo-cururu
Fotografado

Rhinella crucifer

sapo-folha
Fotografado

Rhinella granulosa

sapinho
Fotografado
LEPTODACTYLIDAE
Leptodactylus latrans
caçote
Fotografado
Leptodactylus vastus
rã-pimenta  
Fotografado
Leptodactylus troglodytes
caçote
Fotografado
BRACHYCEPHALIDAE
Ischnocnema ramagii
rã-do-folhíço
Fotografado
LEIUPERIDAE
Pseudopaludicola sp
ranzinha
Fotografado
Pleurodema diplolistris
sapinho-cavador
Fotografado
Physalaemus cuvieri
foi-não-foi
Fotografado
HYLIDAE
Hypsiboas albomarginatus
perereca-verde
Fotografada
Trachycephalus mesophaeus
perereca
Fotografada
Scinax agilis
perereca-mirim
Fotografada
Scinax gr similis
perereca-pintada
Fotografada
Scinax x-signatus
perereca
Fotografada
Dendropsophus branneri
pererequinha
Fotografada
Dendropsophus decipiens
pererequinha
Fotografada
Phyllodytes melanomystax
perereca-de-bromélia
Fotografada
MICROHYLIDAE
Dermatonotus muelleri
rã-manteiga
Fotografada
Inventário de Répteis / Setembro de 2004 - MSc. Marco Antonio de Freitas CREA-BA 64527
Familia
Nome Científico
Nome Vulgar
Tipo de Registro
AMPHISBAENIDAE

Amphisbaenia alba

cobra-cega
Fotografada
IGUANIDAE
Iguana iguana
camaleão
Fotografada
TROPIDURIDAE
Tropidurus hygomi
lagartixa
Fotografada
Tropidurus hispidus
lagartixa
Fotografada
TEIDAE
Tupinambis merianae
teiú
Observado
Cnemidophorus ocellifer
calanguinho
Fotografada

Ameiva ameiva

calango
Fotografada
GEKCONIDAE
Hemidactylus mabuia
bibra
Fotografada
Coleodactylus meridionalis
bibrinha
Fotografada
SCINCIDAE
Mabuia heathi
bibra
Fotografada
GIMNOPHTALMIDAE
Cercossaura ocellata
bibra-comprida
Fotografada
BOIDAE
Boa constrictor
jibóia
Fotografada
Eunectes murinus
sucuri
Fotografada
DIPSADIDAE
Philodryas patagoniensis
cipó
Fotografada
Philodryas olfersii
cipó-verde
Fotografada
Helicops leopardinus
cobra-dàgua
Fotografada
ELAPIDAE
Micrurus ibiboboca
coral-verdadeira
Fotografada
VIPERIDAE
Bothrops leucurus
malha-de-sapo
Fotografada

Inventário da Mastofauna / Setembro de 2004 - MSc. Marco Antonio de Freitas CREA-BA 64527
Familia
Nome Científico
Nome Vulgar
Tipo de Registro
DIDELPHIDAE

Didelphis aurita

sarigué
Entrevista
DASYPODIDAE
Dasypus novencincyus
tatu-verdadeiro
Pegadas e abrigos
Dasypus septencinctus
tatuí
Pegadas e abrigos
PHYLOSTOMIDAE
Carollia perspicilata
morcego-da-fruta
Observado
Artibaeus lituratus
morcego-da-fruta-grande
Capturado/fotografado
Artibaeus gnoma
morcego-da-frura-pequeno
Capturado e fotografado
Artibaeus cf obscurus
morcego-da-fruta
Capturado/fotografado
MOLOSSIDAE
Molossus molossus
morcego-insetívoro
Observado
NOCTILIONIDAE
Noctilius leporinus
morcego-pescador
Observado
DESMONTIDAE
Desmodus rotundus
morcego-vampíro
Entrevista
LEPORIDAE
Silvilagus brasiliensis
coelho
Ob Observado
CAVIDAE
Cavia sp
preá
Observado
CALLITHRIQUIDAE
Callithrix jacchus
mico
Fotografado
PROCEONIDAE
Procyon cancrivorus
guaxinim
Foto de pegadas
CANIDAE
Cerdocyon thous
raposa
Foto de pegadas
MURIDAE
Rattus ratus
rato
Informação/bibliografia
Rattus norvegicus
ratazana
Informação/bibliografia
Mus musculus
calunga
Entrevista/bibliografia



VEGETAÇÃO






A vegetação predominante na área de estudo é a restinga, nas suas mais variadas fisionomias, como restinga herbácea, arbustiva, arbustiva-arbórea e arbórea.


A vegetação herbácea e arbustiva das restingas é composta por plantas de pequeno porte e abriga pequenos animais, em sua maioria insetos. Esse ecossistema é importante por amenizar os ventos marinhos e a salinização, antes que estes cheguem à Mata Atlântica.

Restingas são ecossistemas ditos de baixo endemismo, onde sua fauna é formada por elementos oriundos de formações de Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. No entanto, as restingas oferecem condições edáficas, climáticas e vegetacionais que favorecem uma distribuição espacial especifica dos elementos da fauna local.

Uma amostra da riqueza da flora nativa pode ser constatada através do estudo intitulado “Espécies vegetais vasculares ocorrentes no Condomínio Busca Vida”, realizado em 2003, pelos biólogos MENEZES e TAVARES. Somente na faixa de restinga arbustiva-arbórea que margeia o espelho d’água, conhecido como Fonte dos Padres (área da pesquisa) foi detectada a presença de 82 espécies distribuídas em 46 famílias, sendo a família Rubiácea a mais representativa com sete espécies, seguida pela família Arecaceae com seis espécies.

Algumas destas espécies detêm alto valor cientifico como o guajirú, ou maçãzinha-das-dunas (Chrysobalanus icaco), cujo ácido pomólico dela extraído se mostrou eficiente no combate a tumores cancerígenos.

Dentre as espécies comuns na restinga, estão a mangabeira (Hancornia speciosa), canela-de-ganso (Velossia dasypus), lixeira (Curatela americana), mandacaru (Cereus jamacaru), cabeça-de-frade (Melocactus violaceo), caxulé (Allagoptera brevicalyx) cipó (Davilla flexuosa), tucum-da-caipora (Bactris soeiroana) orquídeas, (Epidendron cinnabarinum, Encyclia dichroma, Cytopodium paranaensis e Vanilla bahiana), bromélias (Hoembergia sp e Aechmea sp).  O pau-pombo (Tapirira guianensis) o murici (Byrsonina sericea) a amescla (Protium heptaphyllum) o ingá (Inga sp), o cajueiro (Anacardium occidentale) a embaúba (Cecropia pachystachia), a aroeirinha-da-praia (Schinus therebentifolius).

Segundo LORENZI et al. (1996) e QUEIROZ (2007), as espécies Bactris soeiroana e Allagoptera brevicalyx são endêmicas do Litoral Norte da Bahia, e a última ocorre também no litoral de Sergipe.










Na região do litoral norte do estado e em Salvador, existem registros de pelo menos 19 espécies endêmicas: Allagoptera brevicalyx, Bactris   soeiroana (Arecaceae), Blepharodon costae (Apocynaceae), Byrsonyma microphylla (Malpighiaceae), Calycolpus legrandii (Myrtaceae), Chamaecrista salvatoris (Fabaceae-Caesalpinioideae), Duguetia moricandiana, (Annonaceae), Eriope blanchetii (Lamiaceae), Erythroxylum leal-costae (Erythroxylaceae), Hohenbergia littoralis (Bromeliaceae), Kielmeyera argentea (Clusiaceae), Koellensteinia abaetana (Orchidaceae), Mimosa carvalhoi (Fabaceae - Mimosoideae) , Moldenhawera nutans (Fabaceae-Caesalpinioideae), Ouratea rotundifolia (Ochnaceae), Poecilanthe itapuana (Fabaceae-Faboideae), Protium bahianum (Burseraceae), Tetracera boomii (Dilleniaceae) e Vanilla bahiana (Orchidaceae) (Britto et al. 1993).


http://www.slideshare.net/Paranapiacaba/composio-florstica-da-vegetao-de-restinga-da-apa-rio-capivara?utm_source=ss&utm_medium=upload&utm_campaign=quick-view



Hanchonia speciosa (mangabeira)

Uso da mangabeira no controle da Hipertensão Arterial (Pressão alta) http://odetholiveira.blogspot.com/2010/01/uso-da-mangabeira-no-controle-da.html


 Epidendrum cinnabarinum (orquídea)
Schinus terenbentifolius (aroeirinha-da-praia)

Melocactus violaceus (cabeça-de-frade)
Camboatã
  Encyclia dichroma  e Epidendrum cinnabarinum (orquídeas)
 
 Attalea funifera (coquinhos-da-piaçava)
Heliconia psittacorum (helicônia)
Ninfea
                                                                      
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24 comentários:

  1. A PROPOSTA FOI APRESENTADA À SEMA - SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, PELA SOCIEDADE CIVIL ATRAVÉS DE ABAIXO-ASSINADO, JUNTAMENTE COM O CERBMA - COMITÊ ESTADUAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA!
    A PROPOSTA FOI PROTOCOLADA NA SEMA PELO SECRETÁRIO EXECUTIVO DO CERBMA, GERANDO O PROCESSO Nº 1420100041769!

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  2. Oportuna e feliz iniciativa!
    Além de proteger a rica e ameaçada fauna e flora local, a criação de uma unidade de conservação na região irá assegurar a manutenção da qualidade de vida de um grande número de cidadãos.
    Lembro que a lista da fauna apresentada é apenas uma pequena parcela da riqueza que temos o dever de proteger, espécies únicas e ameaçadas como o calanguinho do Abaeté (Cnemidophorus abaetensis). Só depende de nós!
    Parabéns e muito obrigado a todos pelo trabalho árduo e silencioso desenvolvido em prol da conservação, certamente as futuras gerações irão, também, agradecer!
    Abraços e contem comigo,
    Dr. Cláudio Sampaio
    Universidade Federal de Alagoas

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  3. Parabéns, concordo plenamente com a criação da UC! Vida longa à fauna e flora dessa região tão rica em belezas!

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  4. Além do Cnemidophorus abaetensis, C. ocellifer e Kentropyx calcarata, a UC certamente beneficiará outros lagartos interessantes:

    Tropidurus hygomi, que tem uma distribuição geográfica e especificidade ecológica bastante similar a C. abaetensis, apresentando por tanto sensibilidade parecida a açoes sobre as restingas.

    Micrablepharus maximilliani, lagarto aparentemente raro nas restingas do Nordeste, porém presente no litoral norte da bahia.

    Assim mesmo, diversos grupos especializados na vida nas bromelias se beneficiarão, cito alguns exemplos:

    Bogertia lutzae, lagarto especializado na vida em bromélias e palmeiras tais como o buriti e distribuido principalmente pelas restingas do nordeste.

    Pererecas, tais como Scinax agilis e as do gênero Phyllodites.

    Aranhas caranguejeiras, tais como Pachistopelma rufonigrum, também especializada na vida nas bromelias.

    Incluir manchas de floresta na reserva aumentaria muito a diversidade de espécies que se beneficiariam da mesma.

    Abraços em todos, parabéns e muita sorte na empreitada.

    Agustín Camacho Guerrero
    Doutorando em Zoologia
    Mestre em Ecologia e Biomonitoramento

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  5. Pois é, parabéns pela iniciativa, vivi boa parte da minha vida nesta região (mais de 30 anos), entre Lauro de Freitas, Camaçarí e Mata de São João, e como geógrafo e zoólogo fico feliz com a iniciativa que acredito que na atual postura política estadual teremos sucesso na empreitada... confesso que quando morava por aí até o ano passado me sentia impotente em fazer algo, uma vez que lutei por anos a fio por esta região intitulada "litoral norte"... para isto, basta rever as lutas que empreendi na mídia e até ganhei meu apelido atual de Marco Sapiranga... é isso, vida longa aos ecossistemas costeiros do litoral norte da Bahia!!!

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  6. Pessoas Iluminadas,

    senti profunda e deliciosa emoção ao ver a possibilidade, real, em se proteger tão importante área!
    Parabéns àa pessoas que assinaram a Proposta e ao Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica! Coloco-me à disposição para ajudar no que estiver ao meu alcance, em ajudar centenas de espécies e milhões de indivíduos que fazem daquela região a sua morada, de onde retiram seu sustento e cumprem seus ciclos vitais! Espero ver esta UC de Proteção Integral implementada ainda este ano!

    Com muita alegria e esperança, desejo a todos um ano de muita Paz, Saúde e Sorte!

    Abraços,

    Jaelson Castro

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  7. Louvável e oportuna iniciativa. Esta área é uma das últimas ainda conservadas no devastado litoral norte. Portanto é mais do que justo e necessário se assegurar que continue sendo assim. As ameaças já se faziam sentir (uso o verbo fazer no passado, porque creio que depois da aprovação desta reserva as ameças desaparecerão) e urgia providências. Bom lembrar que a preservação do ecossistema não beneficiará apenas a vida em geral no planeta(e já mais do que suficiente), mas dentro do pecuniário imediatismo dos humanos atuais,também serão favorecidosos moradores do Condomínio Busca Vida e de toda região. Estou feliz, com as esperanças renovadas.
    Abraços

    01/02/2011

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  8. Parabéns pela iniciativa e pelo excelente trabalho apresentado. As fotos ilustram o quanto é dífícil preservar uma área tão rica em espécies diante da ganancia dos empeendedores imobiliários e da falta de consciência da população. Muita força prá vcs!!!


    Regina Cely castro

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  9. Realmente uma grande iniciativa, para mais um criação de UC ou integração dessa áreas na que já existe no âmbito municipal,onde deve ser preservadas. O mais interessante como Biólogo, vejo a importância maior, em proteção dessa área de Busca Vida e adjacências, devido o número de espécies em extinção e a diversidades que se tem de flora e fauna. Parabéns pela iniciativa!

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  10. Senhores e senhoras,

    deveras salutar esta Proposta, ainda mais vindo da Sociedade Civil Organizada! Com as mudanças políticas e fim do carlismo na Bahia, tal iniciativa poderá lograr sucesso! Certamente pessoas e grupos que desejam fatiar a região e faturar em cima da sua degradação, irão espenear, principalmente os já conhecidos loteadores de dunas de plantão e empresários "resorteiros" e matreiros, além dos caçambeiros! Sinceramente, creio seja importante dar um crédito às pessoas que estão à frente dos órgãos ambientais, tanto do município de Camaçari, quanto do Estado da Bahia! Pelo que é demonstrado, na área já existem o PMDA e RPPN das Dunas, além das dunas e lagoas de Busca Vida e áreas de Reserva Legal e APP's!
    Importantíssimo a urgente delimitação da área a ser conservada, não podemos correr o risco de acontecer o mesmo que aconteceu com Jauá, que já foi uma pérola, e hj não passa de um aglomerado urbano de gosto duvidoso!
    As belezas das imagens, os animais ameaçados de extinção e as Leis vigentes, vem corroborar com a importância em se criar uma Unidade de Conservação de Proteção Integral Busca Vida - Abrantes! O quanto antes!!!!

    Parabéns a todos pela belíssima e importante iniciativa!!

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  11. Muito boa essa proposta de criação de UC em Busca Vida uma ideia genial por se trata de uma area rica em biodiversidade.

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  12. Parabéns ao Comitê Estadual da Reserva da Biosfera por acatar esta iniciativa! Com as tais mudanças no clima devido à destruição das matas e demais ambientes naturais, assim como pela poluição causada pelos combustíveis fósseis, temos que aplaudir e apoiar movimentos que culminem com a proteção do que ainda nos resta! As áreas naturais de Camaçari, estão sendo devoradas pela especulação imobiliária e avanço de condomínios fechados e resorts sobre lagoas, dunas, restingas e praias! Os rios, riachos e demais corpos dágua se transformam em esgotos numa velocidade estonteante! Existe uma dolorosa "poesia" sobre o rio Joanes, mais exatamente a foz deste, que diz: "Rio Joanes, Joanes rio, é um rio do cacete, para cada peixe existem 5 tolêtes"! É deveras revoltante o que fizeram e fazem com este importante corpo dágua, responsável, ainda, pela alimentação, ganha pão de centenas de famílias! Suas margens foram privatizadas por "barões" e suas casas e condomínios, juntamente com seus "efluentes", deixando o Joanes doente, desrespeitando toda a gente que dele tira o seu sustento!
    Que iniciativas como esta se espalhem, que Salvador e RMS sigam o exemplo e protejam o muito pouco que restou das nossas matas, rios, riachos, dunas, enfim, o pouco que restou das áreas naturais!
    Seria bom ver aquelas mesmas celebridades que, através de comerciais, incitam os jovens a encherem a cara e tornarem-se alcoolatras, causando problemas devastadores a eles e a sociedade como um todo, essas ditas celebridades deveriam apoiar e promover Ações como esta!

    Parabéns àqueles que se importam com o que há de mais importante neste mundo, a Vida!

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  13. Sou professora de Biologia no Colégio Estadual de Vila de Abrantes e venho fazendo constantemente aulas de campo com as turmas para as dunas de abrantes com o objetivo de sensibilizá-los para a importância da conservação dessa área, apesar de a mesma estar inserida no Parque Municipal das Dunas de Abrantes, não existe nenhuma ação de proteção efetiva. Oriento o coletivo jovem de meio ambiente aqui da escola e tenho interesse em estabelecer parcerias para encampar essa luta e envolver meus alunos do ensino médio em atividades que possam dar visibilidade à essa proposta. Gostaria do contato do autor desse blog e parabéns pela iniciativa.

    Tereza Farias
    Bióloga e Professora
    biotecka@yahoo.com.br
    www.comvidaceva.blogspot.com

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  14. Tomei conhecimento dessa iniciativa pela Gilka Bandeira. Trata-se de uma proposta muito importante e necessária. Prova disso é a existência dessa fauna extraordinária e, hoje, cada vez mais rara, tão bem documentada nas fotos. Inclusive de aves migratórias como esse incrível "Príncipe" (Pyrocephalus rubinus), entre tantas outras. Sem falar nas demais espécies animais e vegetais, e na paisagem cujos impactos, tambem aqui documentados, são nossos velhos conhecidos.
    Carlos Ribeiro

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  15. Estimado Carlos Ribeiro, Gilka, pró Tereza, Buia, Augustin, Jaelson, Regina Mateus e demais pessoas amadas, bom dia!

    Ficamos honrados com os comentários em prol deste Movimento, em prol da Vida! Sei que poderemos contar com a ajuda de vcs na divulgação desta Proposta! Ainda neste mês teremos uma reunião entre representantes da prefeitura de Camaçari, SEMA - Sec. do Meio Ambiente, CERBMA - Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, MPE/NUMA - Ministério Público Estadual / Núcleo Mata Atlântica, objetivando conhecer as intenções da prefeitura para a região, assim como dar início a um Levantamento Fundiário!
    Após a reunião, marcaremos uma apresentação da Proposta na próxima assembléia do Conselho Gestor da Apa Joanes-Ipitanga! Esta última é aberta ao Público!

    Grande abraço,

    Carlos Souza

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  16. Parabéns pela importante e grandiosa iniciativa de conservação, uma premente necessidade da região. O laborioso registro de parte da riqueza biológica da área é um bom testemunho de sua importância.
    Estou certo que o aceite da proposta pelo poder público vai deixar um grande legado para as futuras gerações, que certamente reconhecerá a iniciativa como um dos grandes feitos conservacionistas no litoral norte da Bahia.

    Sidnei Sampaio dos Santos
    Biólogo
    Programa de Estudo e Conservação do Olho-de-fogo-rendado
    ABCRN

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  17. Prezados e prezadas, bom dia!

    Aproveito para me "despedir", viajarei para o norte do Brasil para assumir um Cargo onde terei a oportunidade em trabalhar diretamente com comunidades carentes e proteção ambiental! Cheio de vontade em ensinar, e mais ainda aprender com as pessoas que vivem e sobrevivem dos recursos naturais!

    No início terei dificuldade em acessar a internet, no entanto, sempre que possível utilizarei o celular e oportunamente a internet!

    Com certeza a Proposta será aceita e em breve teremos a implantação da UC Busca Vida Abrantes!

    Sugiro seja formada uma Comissão, ou um Grupo de pessoas que "assinem" as mensagens enviadas e também as respostas do e-mail ucdunasdeabrantes@gmail.com
    É óbvio que os assuntos tratados serão estritamente relacionados a informes sobre o andamento, a tramitação do Processo.
    O primeiro passo será uma reunião entre a DUC/SEMA e a Coordenação de Meio Ambiente da Prefeitura de Camaçari.

    Abraços em todos, especialmente Jaelson, por disponibilizar muitas fotos e imagens, às milhares de pessoas que assinaram o Documento (Abaixo-assinado) e ao Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, na pessoa do Secretário Executivo, o senhor Renato Cunha!

    Paz e Bem,

    Carlos Souza

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  18. É incrível como ainda temos que DEFENDER A VIDA, divulgar que a natureza é TUDO DO BOM. É triste que o DESERTO das ALMAS continue produzindo o desmatamento e as queimadas, o fogo da ganância. A verdade é que o PARAÍSO do LITORAL NORTE é incompatível com a maioria dos DESALMADOS, 'PARAÍSO VERDE` das construtoras.

    ROBERTO BARRETO - SEMA

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  19. Que iniciativa brilhante!o belo trabalho fotográfico
    e bibliográfico visto aqui me faz acreditar que este projeto esta encabeçado por um grupo comprometido com a garantia de vermos futuramente estes animais, plantas e fungos não apenas por essas belas fotos mais principalmente nesta UC que certamente será implantada.VIVA AS PESSOAS EMPENHADAS EM PROL DA VIDA!!!!!!!!!!!!!!!!

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  20. Iniciativas como esta comprovam que ainda há sensibilidade nas pessoas que percebem a importancia destes ambientes para a conservação da biodiversidade da região litorânea de Camaçari. Os ambientes costeiros da Bahia vêm perdendo espaço para a expansão urbana e para a especulação imobiliária. De um lado invasões de baixa renda em locais insalubres e de risco para ocupação, e por outro lado, empreendimentos imobiliários de alto valor construtivo para condomínios de luxo e casas de veraneio.
    Assim, as dunas de Busca Vida tornam-se ecossistemas cada vez mais raros e ameaçados, sendo fundamental sua preservação para o refúgio da vida silvestre, lazer contemplativo, pesquisa científica e educação ambiental, além de serem fundamentais para a manutenção da água.
    Estado e prefeituras, juntos podem, e devem, garantir a proteção destes ambientes que fazem parte da APA Joanes-Ipitanga e do Parque Municipal Dunas de Abrantes.

    Marianna Pinho
    Bióloga

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  21. É bom saber que ainda existem pessoas que percebem o quanto planeta terra é nossa casa, e lutam para preservar nossa morada, essa é uma luta de todos, por mais difícil que seja para esse "todo" entender que não se trata de uma matinha, mas de um ecossistema vivo, cheio de vida, que vai salvar a nossa vida.

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  22. Prezados, primeiro quero parabenizá-los por esse Movimento, legítimo instrumento para fazer frente aos desmandos, tanto advindos do setor empresarial, quando do setor público e judiciario! Como pode isso? Pouco entendo de Leis, no entanto fica claro a área ser APP/APA/ZVS/Parque Municipal..., e continua sendo delapidada e na mira de gananciosos empresários e coniventes administradores!! Nós, como mandatários e patrões dos servidores públicos, como vereadores deputados, prefeitos e secretarios, que são pagos com o dinheiro advindo dos impostos que pagamos, devemos fazer desta batalha um referencial de como enfrentar esse lamentável estado de desmandos que vem ocorrendo nos últimos 500 anos!

    Prefeitura de Camaçari, o senhor Luiz Caetano, tem a obrigação em proteger, eficazmente, aquela região, caso necessário deve-se acionar o Ministério Público Estadual para que esta legitima proposta seja aceita e efetivada!

    Parabéns a todos que lutam e exercem a cidadania!

    Saudações,

    Arthur Bernardes

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  23. Olá a todos, meus parabéns pela iniciativa, que mais como esta apareçam!!!

    Gostaria de aproveitar para deixar aqui registrado meu relato. Sou biólogo e trabalho com fauna, volta e meia me encontro envolvido com resgate de animais silvestres aqui na região de Lauro de Freitas, onde moro. A crescente ocupação urbana dessa região já começou a dar seus primeiros sinais de pertubação sobre os muitos animais silvestres que agora encontram-se encurralados em pequenos fragmentos de vegetação que ainda não foram desmatados ou vendidos; os registros de aparecimento de cobras, iguanas, micos, sariguês e filhotes de pássaros em casas e condomínios aumentou consideravelmente. Esses animais, em uma tentativa de sobrevivência, se arriscam em busca de comida, parceiros ou mesmo novas áreas naturais para ocupação, indo além do terreno ao qual foram confinados; e é ai que acabam vitimados pelo homem, sendo capturados, ou mesmo mortos, enquanto tentam transpor a barreira imposta por nós.

    Semana passada atendi a um chamado de uma amiga que se encontrava na dificíl situação de retirar uma iguana adulta do quintal de sua casa em Vilas do Atlântico. O animal entrou pelos fundos de seu terreno, onde ainda existem algumas poucas árvores, e não mais conseguiu subir de volta pelo muro - por sorte da iguana, o cachorro estava preso. A situação se complicou ainda mais pelo fato que levou esta iguana a descer para dentro do terreno - era uma fêmea que queria realizar a postura de seus ovos. Dado o stress dos latidos e presença humana, a iguana acabou por colocar seus ovos soltos pelo quintal enquanto caminhava agitada buscando uma saída do terreno. Acrescento aqui, para conhecimento geral, que iguanas em condições naturais cavam um buraco não muito profundo na terra para depositar seus ovos, cobrindo-os protegidos ao fim da postura. Bom, uma vez capturada a iguana e acondicionada para a viagem de soltura, outro problema apareceu, onde solta-la de modo que não voltasse a sofrer grandes pressões humanas? A restinga de Busca Vida apareceu como a melhor das opções na região. Logicamente a área não deve ser usada como ponto de soltura de animais resgatados mas, em casos isolados e esporádicos, é uma boa opção frente a falta de áreas protegidas deste bioma no Litoral Norte de Salvador. O quanto antes tivermos esta área assegurada como uma Unidade de Conservação, mais tranquilo estará a fauna local daqui.

    abrçs,

    Thiago Filadelfo

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  24. eu não sabia que em busca vida tinha essa variedade de animais não...
    quero fazer faculdade na área de biologia...
    viajo demais na natureza!

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